Discurso de Bolsonaro na ONU O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (22) na Assembleia Geral da ONU que o Brasil é vítima de "uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal". No discurso de abertura do evento, que durou 14 minutos e foi feito por videoconferência, Bolsonaro elevou o valor do auxílio emergencial para US$ 1.000 a 65 milhões de brasileiros, afirmou que índios e caboclos são responsáveis por incêndios na Amazônia e disse que as queimadas no Pantanal acontecem em decorrência das altas temperaturas na região. Voltou também a culpar a Venezuela pelo aparecimento de manchas no litoral de onze estados no ano passado. Bolsonaro declarou ainda que há uma "campanha escorada em interesses escusos" por parte de "instituições internacionais" junto a "associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas". O objetivo, segundo ele, é prejudicar o seu governo. Somos vítimas de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima. Isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil. Bolsonaro não citou diretamente o nome de nenhuma organização nem de países que estariam por trás dessa articulação, mas buscou reforçar a narrativa de seu governo de que a Amazônia seria alvo de cobiça internacional. Disse, sobre o tema, que seu governo é líder em conservação de florestas tropicais e que tem política de tolerância zero com o crime ambiental.
Incluída em: 22/09/2020 - 18:03
Voltar
|