Desmatamento eleva pressões O recente aumento das queimadas no Brasil elevou a pressão de empresários e parceiros comerciais do país para níveis inéditos. No início de junho, as reações de parlamentares europeus ainda eram vistas como manifestações de protecionismo contra o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE). Desde então, houve mais de uma dezena de apelos, de carta aberta de investidores estrangeiros e empresários brasileiros, a manifestações de governos e ONGs da Europa.
Nesta terça-feira (15), o vice-presidente, Hamilton Mourão, recebeu uma carta de 230 organizações e ONGs brasileiras, além de outra de um grupo de oito países europeus, que afirmam que o desmatamento dificulta a compra de produtos brasileiros. Já na quarta-feira (16), mais de 30 ONGs pediram ao governo francês que "enterre definitivamente" o acordo Mercosul-UE. Para o diretor da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Rubens Ricupero, que já foi embaixador nos EUA, ministro da Fazenda e secretário-geral da Unctad, o Brasil está diante da maior onda de pressão, externa e interna, de sua História: "Tenho mais de 80 anos e nunca vi isso. Nunca vi uma situação em que houvesse uma convergência externa e interna, com ONGs, grandes empresas e bancos".
Incluída em: 17/09/2020 - 08:49
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