Puxada pela alta da energia elétrica e dos combustíveis, a inflação medida pelo IPCA-15 superou as previsões dos analistas e fechou em 1,20% em outubro. Foi a maior alta para o mês desde 1995 (1,34%) e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%). Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (26). Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses chega a 10,34%. Para analistas, além do risco fiscal elevado e dos ruídos políticos, que desafiam o cenário macroeconômico, uma inflação de dois dígitos persistente desancora as expectativas para 2022 - o que impõe uma ação mais incisiva por parte do Copom, que se reúne nesta terça e quarta-feira (26 e 27). Na leitura de Felipe Sichel, estrategista-chefe do Modalmais, o resultado do IPCA-15 indicou núcleos de inflação pressionados, além de aceleração da inflação de serviços na passagem de setembro para outubro. Outro ponto de preocupação é o preço dos combustíveis, que subiu 2,03% no mês. Somente a gasolina no período avançou 1,85% e acumula alta de 40,44% nos últimos 12 meses.

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