Dúvidas após 100 mil mortes O Brasil ultrapassou a trágica marca de 100 mil mortes atribuídas à Covid-19 neste sábado (08) com muitas questões em aberto sobre o que a pandemia ainda reserva. Quantas pessoas poderiam ter sido salvas? Quantas mais poderiam ter morrido na ausência de uma resposta à epidemia? Quanto mais vai durar o martírio? O poder público vai conseguir derrubar a intensidade da epidemia, que insiste em permanecer numa média de mil mortes por dia? Nós já passamos pelo pior? Entre as dúvidas que ainda pairam sobre o futuro há uma certeza sobre o passado recente: as pessoas que o país falhou em proteger foram na sua maioria aquelas mais vulneráveis, tanto do ponto de vista médico quanto do socioeconômico. Foram idosos em classes sociais mais baixas, pardos e negros, portadores de diabetes e doenças pulmonares, e sobretudo cidadãos desassistidos. O Brasil ultrapassou a marca de 100 mil mortos pelo novo coronavírus no fim da primeira semana de agosto. No mesmo momento, o país também chegou a 3 milhões de casos registrados da doença. Com esses números, a Covid-19 ultrapassou doenças cardíacas e armas de fogo em seus níveis de letalidade.
Incluída em: 09/08/2020 - 18:48
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