O PIB abaixo das expectativas O resultado do PIB do terceiro trimestre deste no, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (03) de 7,7%, veio abaixo das expectativas dos analistas de mercado, que esperavam cerca de +10% de crescimento, segundo Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest. A primeira impressão é que houve uma recuperação da atividade somente parcial, muito pautada ainda pela lentidão do setor de serviços, que como sempre dizemos é o maior peso do PIB e nesta crise o foco da paralisia. Interessante notar que, ao olhar os subsetores de serviços, se consagra o que já era observado em pesquisas mensais. Por exemplo, o comércio, que bebeu muito da fonte do auxílio emergencial, já voltou a níveis pré-crise, o mesmo com as instituições financeiras que se apropriaram da melhor condição de liquidez. Por outro lado, os outros subsetores de serviços como serviços de informação, outros serviços como saúde e educação pública estão muito aquém do patamar pré-crise. O crescimento de 7,7% do PIB brasileiro no terceiro trimestre é significativo e pode entusiasmar numa leitura fria, ancorada na análise da recuperação em "V". No entanto, aos olhos dos especialistas ficou aquém da expectativa. Com uma base de comparação baixa, pois o segundo trimestre somatizou os efeitos devastadores do "lockdown", não havia dúvidas sobre o movimento de recuperação.
Incluída em: 03/12/2020 - 18:38
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